terça-feira, 31 de julho de 2018
segunda-feira, 30 de julho de 2018
O Mal e o Sofrimento, poema de Leandro Gomes de Barros
Se eu conversasse com Deus
Iria lhe perguntar:
Por que é que sofremos tanto
Quando viemos pra cá?
Iria lhe perguntar:
Por que é que sofremos tanto
Quando viemos pra cá?
Que dívida é essa
Que a gente tem que morrer pra pagar?
Que a gente tem que morrer pra pagar?
Perguntaria também
Como é que ele é feito
Que não dorme, que não come
E assim vive satisfeito.
Por que foi que ele não fez
A gente do mesmo jeito?
Por que existem uns felizes
E outros que sofrem tanto?
Nascemos do mesmo jeito,
Moramos no mesmo canto.
Quem foi temperar o choro
E acabou salgando o pranto?
Leandro Gomes de Barros
quinta-feira, 26 de julho de 2018
PREVISÃO DO TEMPO, poema de Aldo Ferreira Lins
Poeta Aldo Lins (Mercado da Boa Vista - Recife - 2017)
O que esperar dos dias de amanhã
Tempestades, revoluções, armadilhas...
Morar numa bela casa de campo
E faltar pernas para correr ou jogar.
O que pensar dos dias de amanhã
Que algum inimigo me estenda a mão
Quando já alta e fria a madrugada
A rua ferida eu não consigo atravessar.
O que dizer dos dias de amanhã
Que não me falte a poesia, se o tempo mudar
Com o olhar atroz dos meus algozes
Que ao meu exílio tentaram dissimular.
O que fazer dos dias de amanhã
Semear saborosos versos no pomar,
Toda colheita e o clamor negro
Quando a turbulência e a enfermidade chegar.
Vida curta, depressa! Curta.
De repente, vinte anos sem vida.
Ninguém é mais o mesmo
Que o espelho não consiga decifrar.
Aldo Ferreira Lins
quarta-feira, 25 de julho de 2018
Assinar:
Postagens (Atom)