segunda-feira, 25 de maio de 2015


RIO DE JANEIRO - à Vera Lúcia Lins






Rebouças
Túnel, longo, vago e preciso
Que trouxe de volta o largo sorriso
À mulher que vi engatinhar num jardim.

Copacabana
Onde mergulhei os meus sonhos
Com a força de tua luz recomponho
Todas as cores de tua alma de querubim.

Corcovado
Desde o primeiro e mágico momento
Fez voar os medos mais intensos
Abrir as suas asas sobre mim.

Botafogo
A ti retornarei feliz outro dia
Para remoçar esta contagiante alegria
Ao ver a primavera numa linha sem fim.

Aldo Lins - Idealizador do Sarau da Boa Vista.

terça-feira, 19 de maio de 2015

MERCADO DA BOA VISTA - Aldo Lins



















Levanto-me neste dia que amanhece
E atravesso o Portal de ferro
E as pilastras: "maças portuguesas"
Símbolos dos leilões de sombras.

Onde Já se foi mercado de escravos

Hoje vende-se cravos e canelas,
Cereais, legumes, frutas, carnes e ervas
Para Eva ou Maria; " maças brasileiras".

A fachada estilo Neo-Clássico

Fala por si a sua música e poesia.
Construído paea ser o cemitério
Da antiga capela da Santa Cruz.

Os mal tratados pela vida

Boêmios, mobílias e dinossauros
Desenham as diversas cores dos pratos
Em pileques homéricos repletos de luz.

Na Ribeira da Boa Vista

Meu coração poema inacabado
Solve os acordes de um pinho
Entre pombos na praça de alimentação.

Aldo Lins