quinta-feira, 5 de maio de 2011

NATAL - Aldo Lins.


Em Dezembro me despeço da solidão
Caminho solitário por trilhos azuis.

Andaimes por onde passo
Pássaros pisam leve no telhado

Se piso por estes traços
Fico perto de mim e do espaço.

A construção se ergue na noite
Com lápis e estranha régua.

Tijolos se justapôem a argamassa
A planta cresce no silêncio e na escuridão.

A obra se revelaria perfeita
Se Jesus não se suicidasse no porão.

Um comentário:

Aldo Lins disse...

Este poema sofreu uma pequena alteração.