BRAVO
COMPANHEIRO
A porta
estava aberta para os sem nome
Da entrada
anunciava-se a longa trincheira
Que por
alguns anos foi uma cinza esteira
Para os
inquilinos com os seus cognomes.
Nos
labirintos teciam-se as armadilhas
As estrelas
do Figueiredo se dilatavam
Repleta de deletores
que nos escamoteavam
E delatavam
nossos sonhos à quadrilha.
Não tínhamos
sal, trufas nem frutas
A ferro e
fogo cantávamos unidos travessia
A magia do amor me conduziu à poesia
E na resistência
vencemos a força bruta.
Reencontramos-nos
hoje e a bem da memória
Lêucio
conquistou Flávia uma bela morena
Companheira e
luz de Victor Hugo e Lorena
Pérolas
deste eterno estudante de história.
ALDO LINS