Sorrindo canto a rosa e a lua
A rosa que foi minha um dia
E que feliz capturou o joão de barro.
A caprichosa rosa, alvorecer
No prélúdio dos raios encantatórios
Acalanta a tão bela e crescente lua.
A lua sem variações de sorrisos
Nas transitórias formas do segredo
Na madrugada fala sonambulas palavras.
Eu, refém do abstrato, ao entardecer
No esplendor dos mares vividos
Faço versos silenciosos do meu grito.
A lua na mágica janela
Com os olhos cristalinos, sem máscaras
Bate-me à porta sem receios.
Sou lual do sertão seco, mas beijo
A lua que é filha dos meus sonhos
E a rosa hoje quase sem perfume.
Este poema escrevi para Luana Karla,
filha de uma ex-namorada, que reside em João Pessoa.